Pela minha formação em História, aprendi que a cultura é um traço que distingue o homem, que o torna único mas, ao mesmo tempo, a diversidade (cultural, étnica, religiosa ou de gênero) também é um traço que marca a humanidade.
Ao me tornar cristão, fui surpreendido pela descoberta de que Jesus sempre respeitou a diversidade, especialmente ao revelar que o Evangelho não era restrito a um grupo ou nação, mas sim destinado a todos: ide e pregai a todos os povos/criaturas (Marcos 16:15). Cristo aceita a todos, e nos chama para conhecê-lo, e aceitar o seu jugo, que como diz, é leve (Mateus 11:30).
Entendo, no entanto, que o respeito à diversidade religiosa não se confunde com a necessidade de aceitar como verdadeiras todas as religiões. Embora existam diversos ritos e manifestações, e o homem seja livre para associar-se a elas, isso não significa que que todas sejam, ao meu olhar, verdadeiras.
Entendo ainda ser lícito o fato que outras manifestações possam conflitar com a perspectiva que adoto e, neste caso, não tenho que compartilhá-las seja em casa, no trabalho ou na escola. Lembre-se: estou tratando aqui de manifestações e perspectivas, e não de pessoas.
Neste sentido, aceita-se que em um ambiente haja pessoas que compartilham de perspectivas religiosas distintas, mas não se aceita que todos devam compartilhá-las: um pai pode ser evangélico e aceitar a diversidade de manifestações e vínculos, mas não concordar que seu filho acompanhe um rito derivado de outras religiões. E isso não significa hostilizar pessoas que partilham outras crenças, significa simplesmente não partilhar essa mesma crença.
Não compartilhar as manifestações religiosas não é o mesmo que desrespeitar cultura e história, pois o aceitar sem distinção só é lógico e verdadeiro para quem não tem vínculo religioso algum, e assim, todas valem pois, no fundo, nenhuma vale.
Interessante reflexão, a tolerância nao se confunde com ignorância, quem convence o homem é o Espírito Santo na perspectiva cristã, a oração quebra grilhões.
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